Eu fui: Meet & Greet Linkin Park - Maximus Festival SP 2017

Hoje é dia 20 de setembro, quarta-feira. Hoje completam dois meses que Chester Bennington morreu. É com muita tristeza que escrevo esse post, mas ao mesmo tempo, quero que esse sentimento chato não tome conta até o final do texto, porque quero contar a experiência de ter conhecido o vocalista do Linkin Park, e claro, os outros membros da banda.

Sim, eu conheci todos os membros do Linkin Park, graças ao meu namorado, Paulo, que me inscreveu no sorteio para participar do Meet & Greet da banda, no último show que eles fizeram no Brasil, em 13 de maio, no Autódromo de Interlagos. Um show bem ousado, diga-se de passagem, devido ao line-up do Maximus Festival, na minha opinião, super pesado. E lá, já era esperado que Linkin Park tocaria algumas músicas de seu último álbum, One More Light, que tem uma pegada bem pop.

Estou ao lado da bandeira :)

À medida que a noite caía e o encontro se aproximava, eu ficava ainda mais nervosa. E estava tão nervosa, mas tão nervosa, que nem quis interagir com as pessoas que também aguardavam ansiosas por encontrar os caras. Fiquei esperando ao lado do Paulo, a moça da organização, Misty, se não me engano, chamar a turma toda. Até que uma fila meio desengonçada se formou. Na minha mão, estavam o papel da chamada para o Meet & Greet, meu celular com o e-mail aberto, meu RG, e ainda na bolsa, as capinhas dos CDs do Linkin Park para receber os autógrafos.

Nem sabia o que segurar direito. Antes de ser a próxima a ser chamada, já consegui ver meu nome na lista da organização e ali me deu um alívio, ufa, está tudo certo, vou entrar mesmo. É REAL! VOU VER O LINKIN PARK DE PERTINHO! Até que Misty me chamou e quase que eu entro sem a credencial. Paulo diz que me puxou pra fila de novo para receber o crachá, mas nem me lembro disso.

Depois de passar pelo portão de acesso ao lounge do festival, eu e todos os fãs ficamos aguardando em uma fila. E então, algumas pessoas, seguranças, foram nos guiando Autódromo adentro. Estava super escuro por lá e nem dava para ver direito onde estávamos pisando. A passada era acelerada, sabe, caminhando rápido. Tinha que ser rápido, sabia que o encontro duraria pouco tempo, porque logo depois Linkin Park estaria no palco. Sei que passamos por uma área bem aberta, subimos uma escada e de repente, estávamos em uma espécie de área vip, parecida com os boxes da Fórmula 1. Fomos guiados até um desses boxes (gigante!) e entramos, em fila, ocupando a parede do fundo. Ficamos dispostos nessa parede do fundo, como em um paredão de fuzilamento. hahahaha Dava para ver que todos estavam MEGA nervosos e ansiosos com aquela situação.

Relevem minha cara =P Nessa hora estávamos aguardando as instruções da organização
Logo depois, Misty entrou e falou, em inglês, para que ficássemos mais relaxados, sem essa posição de fuzilamento (lembro dela imitando a posição, como de soldado). No local também tinha uma mesa com alguns lanchinhos, cookies, água e bananas. Nessa hora, Misty, com a ajuda de uma tradutora, deu algumas instruções para a galera. Lembro de algumas coisas:

- Não precisávamos ficar nervosos, eles não mordem.
- A banda não iria entrar de uma só vez. Um a um entraria naquele box de Fórmula 1 para assinar nossos itens, porque estavam com outros compromissos nos bastidores até a hora do show.
- E então, eles não poderiam tirar uma foto com o grupo todo, como geralmente é feito nos encontros. 
- Eles assinariam apenas um item de cada pessoa.
- Não poderíamos tirar fotos com eles. Misty tiraria várias fotos, e depois a produção enviaria todas.
- Não poderíamos abraça-los, nem beija-los, devido ao risco de contaminação, já que eles andam em muitos aeroportos.

Depois dessas instruções, tiramos uma foto em grupo, só a galera mesmo, e ficamos na formação de paredão novamente, em 'U', só aguardando. Lá na frente, a porta do galpão fechada. A cada membro da organização que entrava, o coração acelerava.

Até que... a porta abriu e dois integrantes entraram: Phoenix (Dave Farrell) e Rob Bourdon. Eu tinha uma missão: todas as capinhas de CDs deveriam ter pelo menos um autógrafo. Já que só posso dar um item pra assinar, e estão entrando aos poucos... é isso! Moleza. Mas aí quando começaram a dar o crachá para assinar também, eu aproveitei a deixa, então cada um assinou uma capinha, e no crachá, tenho o autógrafo de todos.

Rob deixando seu autógrafo na minha credencial
Infelizmente, não tenho fotos do Phoenix próximo a mim =(
Eu poderia ter tirado foto com meu celular ali dentro? Poderia, porque várias pessoas estavam fazendo isso, e outra, teve até selfie. Mas quem disse que eu consegui? Estava tremendo de ansiedade! Acredito que muitos queriam também fotografar, abraçar, beijar, mas o nervosismo tomava conta, e sei lá, o medo de levar uma bronca da Misty. 

Quando Chester entrou por aquela porta, a galera foi à loucura! Era explícita a felicidade de todo mundo ali. Tinha gente chorando, tinha gente tremendo, tinha gente rindo à toa, tinha gente séria, tinha gente que nem acreditava que estava ali vendo Chester Bennington. Ele foi super carinhoso com todos, conversou com algumas pessoas que conseguiam falar alguma coisa hahaha, tirou fotos e distribuiu abraços. Uma pessoa iluminada, com certeza, que foi muito importante para a vida de muitos ali, com sua voz marcante e suas músicas que dizem muito.

Chester Bennington assinando a capinha do CD
Os últimos integrantes a entrar foram Brad Delson, Mike Shinoda e Joe Hahn, que foram tão pacientes e carinhosos quanto os outros integrantes. Do Joe consegui arrancar três autógrafos (duas capinhas e o crachá). Lembro do Mike conversando muito com todos e fazendo pequenos desenhos na pele das pessoas, para que mais tarde pudessem virar tatuagens.

Uma pena Misty ter tremido a foto na hora do Brad
Mike Shinoda <3
Joe Hahn, o último a deixar autógrafos para a galera
Desenhos que Mike Shinoda fez em alguns fãs
Capinhas autografadas

Credencial devidamente autografada pelos lindos do @linkinpark no Meet & Greet do Maximus Festival. 😍

Uma publicação compartilhada por Fernanda Maciel (@feu_fa) em

Depois de toda essa euforia, os ânimos se acalmaram um pouquinho só, porque logo depois tínhamos um show dessa banda que marcou a adolescência de muitas pessoas. E foi um show incrível! Dava para ver fãs de Slayer passando pela gente, pedindo 'Volta Slayer, volta Slayer', mas aquela hora, meus queridos, era do Linkin Park, os caras que encerraram o festival com chave de ouro. Foi lindo! Uma apresentação cheia de surpresas, com músicas do novo álbum, mashups e Crawling no piano, ma-ra-vi-lho-so. Fã que é fã curtiu, eu sei. O resto é resto.

Foi surreal tudo aquilo que passei na noite do dia 13 de maio de 2017. E agora, com a volta do Feufolândia, consegui registrar aqui esse momento inesquecível. Pensa em uma pessoa abalada com a morte de um de seus artistas favoritos! Pode ser bobeira para alguns, mas quando fiquei sabendo da morte de Chester, parece que o chão se abriu, sei lá. Foi um sentimento tão estranho, mas tão estranho, nunca tinha sentido isso por nenhum artista. Não sei explicar, gente, mas naquela noite, da notícia de sua morte, eu chorei que nem uma criança. E até hoje, fico emocionada de lembrar o que aconteceu com ele, lembrar da noite de felicidade que eu e todos aqueles fãs tiveram no Maximus Festival, e que nunca mais teremos o Linkin Park de volta, do jeitinho que era, com os vocais desse cara incrível.

Foto: Flavio Moraes/G1
RIP Chester Bennington. ❤

Restaurante em Cusco: Pachamama

Voltar a falar da minha viagem ao Peru é uma delícia! Como disse no primeiro post desde que voltei ao Feufolândia, tenho uma listinha de vários posts que havia preparado sobre a viagem para publicar aqui. Hoje, vou deixar uma dica de restaurante em Cusco.
Quando eu e Paulo chegamos à cidade, descansamos por mais ou menos duas horas no hotel, para evitar o soroche. E assim que a fome bateu, saímos em busca de um restaurante no centrinho de Cusco. O Pachamama foi uma ótima surpresa!

O ambiente é super aconchegante e acolhedor e como já era tarde, se não me engano, lá para as 4 da tarde, estava praticamente vazio. Pedimos Lomo Saltado, um prato típico peruano, sem grandes segredos. Ótimo para minha pessoa que tem paladar infantil. Carne, legumes salteados, arroz e batata-frita. Perfeito! Para acompanhar o prato, uma Inca Kola geladinha.


O prato veio super bem servido, era saborosíssimo! Valeu super a pena o pedido e foi uma ótima refeição para aquele momento. Quanto ao preço, juro que não lembro o valor exato, mas posso garantir que é justo e acessível, em comparação ao que li na interwebs, pois o Pachamama é super próximo a Plaza das Armas, e por lá, existem muitos restaurantes 'gourmetizados' e com preços salgados.

Foto: hugodanielpini / tripadvisor
Ah, o restaurante também oferece um buffet de salada à vontade. O atendimento foi muito bom também. 

Pachamama
Calle Maruri 315
San Blas, Cusco, Peru


Tem alguém aí?


Feufolândia? Oi, voltei.

Desculpa... Tô aqui, de volta, assim mesmo, com a maior cara lavada. Eu sei que já faz mais de um ano que eu não apareço. É, desde as minhas últimas férias. Que coisa, não? Daqui a pouco minhas próximas férias já estão chegando... Não, calma! Não pretendo te abandonar. É, não pretendo mesmo. A verdade é que eu nunca te abandonei.

Desde a nossa última conversa, eu até escrevi alguns posts, mas sabe aquele negócio chamado preguiça? É feio, eu sei. Admito que a preguiça bateu e você ficou um pouco de lado. Muitos dias eu até voltei aqui, olhei para o fundo branco do rascunho, toquei em alguma letra do teclado (devo até ter escrito alguma palavra, sei lá qual), e de repente, o 'backspace' foi mais forte, ele apagou tudo o que estava ali. E logo depois, o 'x' do navegador foi clicado pelo mouse. E assim foi indo.

Lembro que voltei das férias com uma lista enorme de temas sobre a viagem ao Peru para falar pra você. Comecei empolgada, tenho tantas fotos de lá, você nem sabe... Só dois posts viraram realidade. Se eu joguei fora a lista? Não! Ela está bem guardadinha, talvez porque no fundo, no fundo, eu sabia que mais cedo ou mais tarde, eu voltaria pra você.

Dia desses, vi que você estava tristinho. Entrei aqui e vi tudo bagunçado. O que aconteceu? Ficou com raiva de mim? Você me fez arrumar tudo, tim tim por tim tim. Coloquei tudo em ordem, com muito carinho, para finalmente voltar pra você.

Não me leve a mal. Eu sou assim mesmo, venho, fico um pouco, vou, aí então eu volto. Pode ser que eu demore um pouco, mas eu sempre volto. Você sabe. Já são oito anos de parceria. E é como eu falei lá em cima, eu nunca te abandonei. Fica tranquilo.

Mal de altitude ou soroche: o que é e como evitar?

Se você pretende ir a Machu Picchu ou Cusco algum dia e já está fazendo pesquisas pela interwebs sobre os roteiros e dicas de hotéis, deve ter esbarrado por algum post falando de mal de altitude ou soroche. O fato é que isso acontece diferentemente com cada pessoa, não se assuste com o que ler por aí, mas entenda que é importante saber o que é isso antes de viajar para lugares altos.

Tá, mas o que é o tal soroche? 
Conhecido também como mal de altitude, o soroche é a sensação que sentimos quando viajamos para lugares com altitudes elevadas e não estamos acostumados com isso. Mas isso se manifesta de formas diferentes nas pessoas. Tem gente que nem sente nada. Tem gente que pode ter enjoo, dor de cabeça, dor de estômago, vômito, falta de ar, perda de apetite, dificuldade para dormir e até aumento da frequência cardíaca. Tudo porque quando a altitude é muito elevada, a pressão parcial do oxigênio é menor do que estamos acostumados no Brasil.

Depois de ter pesquisado bastante antes de viajar, até esperávamos sentir alguma coisa bem diferente ao chegar em Cusco, que está a 3.400 metros acima do nível do mar. Mas, pelo contrário. A primeira sensação foi ótima. Nada de enjoos ou dores de cabeça. Assim que chegamos no hotel, fomos recebidos com chá de coca bem quentinho.

E o que o chá de coca tem a ver com isso?
É o remédio mais eficiente para combater o soroche. Em todo lugar você encontra um chazinho e no hotel tem disponível a toda hora. Eu não gosto de chá, mas fiz questão de tomar para evitar qualquer mal estar. E tomei todos os dias que estive em Cusco. Você também pode mastigar a folha de coca, onde o efeito é mais rápido. Tem também as balinhas de coca, mas não é tão eficiente.

Chá da folha de coca
Para não falar que não senti nada, uma dorzinha de cabeça bem de leve chegou pela tarde, mas tranquilo. Pode ter sido associada ao soroche? Sim, mas sei lá, pode ter sido de fome também, vai saber!

O fato é que, como eu já disse, o mal de altitude pode se manifestar de várias maneiras na pessoa. Então, se você pretende viajar para algum lugar alto, não se preocupe. Vai tranquilo! Separei algumas dicas indispensáveis para você não ter surpresas na viagem:

Folhas de coca na mesa do café da manhã
1. Não recuse o chá de coca, mas sim, abuse dele!
Quando você chegar no hotel, eles vão te oferecer. Beba devagar! O gosto não é muito bom (na minha opinião), não é doce, é gosto de chá mesmo, mas vai te ajudar a escapar do soroche. Beba no café da manhã também, é bem quentinho, e ótimo para aquecer no inverno.

2. Coma coisas leves
Principalmente no primeiro dia da viagem procure se alimentar com coisas mais leves e saudáveis. Opte por frango, salada, legumes, coisas que sejam fáceis de digerir. E mastigue muito bem.

3. Beba bastante água
Ande sempre com sua garrafinha de água a tiracolo. O clima é outro, você vai sentir diferença, nem que seja mínima. A água ajuda bastante a se hidratar e também evita o soroche. Beba toda hora, todos os dias.

4. Descanse no primeiro dia
Super dica essa. Não dê a loca e saia batendo perna por aí, durma um pouquinho no hotel, pelo menos umas duas horinhas. Descanse do voo. Também vai te ajudar bastante a evitar o mal de altitude. Mesmo que você não esteja cansado, faça isso. Nosso organismo está começando a se acostumar com um lugar diferente e bem alto. Tudo dentro da gente está trabalhando de um jeito diferente.

5. Ande devagar, no seu limite
Eu sei que quando você chega em um lugar diferente, quer mais é aproveitar cada minuto. Mas como falei no tópico acima, o ideal é descansar um pouquinho. E mesmo depois de ter dado uma relaxada no hotel, quando você for bater perna pelo centro de Cusco, por exemplo, vá de boas. Algumas ruas são ladeiras e você vai precisar de ar para subi-las. Vá subindo devagar, no seu limite. Eu sofri um pouquinho em algumas ladeirinhas, viu. Mas ia fazendo pequenas paradas para me recuperar.

Chá de muña oferecido em Chinchero. Este chá também evita o soroche e o gosto é mais agradável, um pouco mentolado
Não preciso nem falar sobre o álcool e o fumo, né? O melhor é evitar, pelo menos nos primeiros dias, quando você ainda está 'aclimatando'. Mas caso você se sinta bem mal, mesmo tendo seguido todas essas dicas, na maioria dos hotéis e até no aeroporto são oferecidas bombinhas de oxigênio, e ainda você encontra em farmácias e mercadinhos.

Agora que você já sabe o que é o soroche, pode viajar mais tranquilo e aproveitar ainda mais seu passeio. :)



15 Curiosidades sobre o Peru

O Feufolândia voltou! E para inaugurar esse retorno de férias, já começo com um post sobre as curiosidades do Peru. Passamos por Lima, Cusco e o Valle Sagrado dos Incas. Uma viagem incrível que tenho o prazer de compartilhar com vocês. Então, vamos lá!
Peruana típica em Chinchero carregando sua filha, a pequena T'ika (flor, em quechua)
1. Existem dois tempos: seca e chuva
Para visitar o Peru, principalmente Machu Picchu, que é o passeio mais procurado, é preciso se programar bem, pois existem dois tempos: a seca e a chuva. A melhor época para viajar pra lá é entre maio e setembro, que é considerado o inverno deles. Eu fui em maio, pegamos tempo bem seco, sem um pingo de chuva. De dia, um céu azul maravilhoso, mas aquele friozinho que não tem como abandonar o gorro e nem o cachecol. Pela noite, a temperatura caía bastante. A máxima é de aproximadamente 18ºC e a mínima de 2ºC. No verão, entre dezembro e março, pode chover bastante, o que atrapalha os passeios.

Montanhas no caminho do Valle Sagrado / Machu Picchu, a cidade perdida dos incas
2. Os cachorros são responsáveis
Em Cusco e em Águas Calientes, vimos muitos, mas muitos cachorros nas ruas. Eles são calmos e passeiam tranquilamente pra lá e pra cá. Segundo a nossa guia, são cachorros responsáveis, atravessam a rua com cuidado e sabem muito bem por onde andar e o que fazer. E não são de rua! Esses bichinhos são de pessoas que moram por lá e deixam seus pets saírem quando bem entenderem. Funciona mais ou menos assim: se o dono está em casa, eles podem sair, quando o dono não está, eles ficam cuidando da residência, como cães de guarda mesmo. A guia, que é cusquenha, ainda falou que é comum encontrar o cachorro de sua prima ou tia andando nas ruas da cidade.
Os cachorros são lindos e dormem tranquilamente nas ruas até resolverem voltar para suas casas
3. Touros nos telhados das casas
É muito comum você ver pequenos touros nos telhados das casas de Cusco e do Valle Sagrado. É uma tradição do povo que representa sorte, esperança, prosperidade na vida e proteção. Os Toritos de Pucara, como são conhecidos, acompanham uma cruz também, que significa que ali vive uma família católica. Infelizmente, não consegui fotografar um desses nos telhados, mas fiquem com uma imagem de um tourinho à venda e da enorme escultura situada no Parque Kennedy, em Lima.

À esquerda, o Torito no Parque Kennedy em Lima. À direita, um torito na vitrine de uma loja de Urubamba
4. Lima tem um parque repleto de gatos
Se Cusco é a cidade dos cachorros, Lima é a dos gatos. Lá, eles ficam no Parque Kennedy, muito famoso na cidade. Os gatinhos são uns amores, calmos e dados com as pessoas que frequentam o local. Se você faz carinho em um, logo já vem uns cinco ou seis pedindo também. Eu fiquei louca lá!
Nessa foto consigo contar pelo menos uns 11 bichanos
5. Chicha morada é mais um sabor para o peruano
Tem bala de morango, cereja, laranja, mas também de chicha morada. Você também vai ver que eles bebem muita chicha morada, que nada mais é que um suco, um refresco doce, sem álcool, feito com milho roxo (maíz morado), que pode conter canela, abacaxi e outras frutas. É servido gelado e tem em tudo quanto é lugar. Inclusive, no caminho do Valle Sagrado, vemos muitas casinhas com uma sacola vermelha na ponta de um mastro, indicando que ali é vendida a chicha morada.

Mastro com sacola vermelha indica que vende chicha morada nesta casa em Urubamba / Chicha geladinha vendida na La Lucha Sangucheria Criolla, no Shopping Larcomar, em Lima / O famoso milho roxo (maíz morado) é usado também para tingir a lã de alpaca e lhama
6. Muitas igrejas em Cusco
Se você, assim como eu, adora igrejas, vai se apaixonar pelas catedrais e capelas de Cusco. Só o centro histórico possui cerca de nove, que você pode visitar em certos horários, mas infelizmente não podemos fotografar algumas partes internas. A maioria das igrejas são templos incríveis desde a época dos incas. Lugares com uma carga imensa de história. Como por exemplo, o Templo do Sol, ou Qorikancha (homenagem ao maior deus inca "Inti", o sol), onde é o atual Convento de Santo Domingo. Este lugar possui as edificações originais do tempo inca, pedras gigantes lapidadas com uma perfeição que é de tirar o fôlego.
Essa catedral é incrivelmente linda, tanto por dentro, como por fora
7. Beba água de garrafa
Aqui no Brasil, sei que é comum algumas pessoas beberem água da torneira. Em casa não temos esse costume. O filtro é aqueles do tipo torneira, mas também já usamos de barro. No Peru, é recomendado que se beba água de garrafa e nunca da torneira, ou mesmo não aceite uma água em um copo que você não viu de onde saiu. A água em garrafa é barata, fácil de encontrar nas farmácias e mercados. Fique atento para os sucos que podem ser feitos com água não filtrada também ou até mesmo o gelo que pode ter sido feito com água de torneira.

8. Em Lima não chove
O clima de Lima é bem estranho, de deserto, está sempre nublado, com um nevoeiro, que traz muita umidade e pode até chuviscar, mesmo assim, os peruanos não ligam pra isso e nem usam guarda-chuva. Em maio, pegamos um tempo ok, nem com chuviscos, mas quando chegamos na orla de Miraflores (bairro famoso da cidade), percebemos o céu cinza, que é um charme. Porém, fomos agraciados por um pôr do sol espetacular. As casas de alguns bairros da cidade nem possuem telhados, pois não chove, são "quadradonas", no meio fio das ruas não tem bueiros. Bem doido isso. Mas não podemos generalizar, pois li que apesar de a chuva ser quase nula, quando acontece de ela vir a cidade não está preparada e sofre muitos prejuízos.
Grata por esse pôr-do-sol maravilhoso em Lima
9. Negocie sempre
Quando você chegar a Cusco vai ser bombardeado por lojinhas com souvenirs e produtos típicos, além dos ambulantes. O lema é negociar sempre. Não tenha vergonha, nós conseguimos, acho que Paulo se saiu melhor nessa. Um produto que poderia sair por S/. 80 (soles), na pechincha você pode acabar levando por S/. 70 ou até S/. 65. Eles já esperam que o turista negocie, e às vezes, mesmo que você não fale nada e faça que não vai levar o produto, o vendedor acaba abaixando o preço.


10. O certo é quechua e não inca
Quechua (ou quíchua) era a denominação do povo que habitava a região. Isso foi uma das primeiras coisas que nossa guia explicou assim que entramos no Qorikancha. Inca era o título recebido pelo rei desse povo. O inca mais famoso e importante é o Pachacútec Yupanki, do quechua, "O que muda a Terra" ou "Reformador da Terra", o nono inca. Quando se fala em "cultura inca" ou até mesmo sobre a famosa "trilha inca", queremos dizer sobre algo relacionado a esses reis, imperadores, líderes. No caso da trilha, por exemplo, um caminho que esses reis percorriam.
Estátua do inca Pachacútec Yupanki na Plaza de Armas em Cusco
11. Porquinho-da-índia é o manjar do peruano
Sim, eles comem esse bichinho fofinho desde os tempos dos incas. Era a carne mais consumida pelo povo quechua. Ainda hoje, é fonte de alimento para muitas comunidades. A guia nos contou que eles costumam comer o porquinho-da-índia em dias festivos, como em um aniversário de alguém da família.

Criação de porquinho-da-índia em Chinchero
12. A língua quechua ainda é falada 
Um idioma da região dos Andes, bem antes da época do Império Inca, que ainda é falado por muitas pessoas na América do Sul. No Peru, principalmente nas comunidades que visitamos no Valle Sagrado, ouvíamos muito a língua dos índios. O quechua (quíchua ou runa simi) é preservado pois o povo tem orgulho de sua cultura, de suas raízes e não gostam de deixá-las para trás. Segundo nossa guia, é um idioma muito bonito e curioso. Algumas palavras em quechua lembram os sons das coisas, como onomatopeias, como por exemplo em "cachoeira", que em quechua fica "phajcha", e lê-se "patxá". Agora fale o "txá" e lembre do som da água caindo...

13. As casas de Cusco tem seu charme
No centro histórico existem muitas casinhas, poucas delas (no centro nervoso) são residências. Agora, com o turismo crescendo cada vez mais na região, é bem difícil morar no centro, então o que mais se encontra é o próprio comércio. Mas o charme fica por conta dos balcões dessas construções, que são as sacadas de madeira, a maioria muito bem decorados, herança que ficou desde a conquista espanhola.


14. É impossível ficar sem ouvir buzina de carro em Lima
O peruano não tem paciência! O trânsito tem suas regras, mas eles não seguem muito à risca e a buzina é a forma de comunicação. É incrível como que para qualquer situação eles tocam a buzina. Exemplo: o semáforo está para abrir, não abriu ainda, tá? Eles tocam a buzina, claro, para o carro da frente já ir se adiantando e engatar a primeira. O pedestre que está andando perto do meio fio com certeza vai levar uma buzinada, mesmo que ele já tenha a intenção de subir na calçada para sua segurança. Os ônibus param nos pontos, mas meio tortos, atrapalhando o trânsito. Pensa numa buzinada loooonga na bunda do motorista, ou aquele som repetido (bi bi bi bi bi bi), AFF! É curioso... Vira e mexe você encontra uma placa como essa aqui abaixo. Só eles mesmo para se entenderem, porque o pouco que presenciei do trânsito peruano era para ter visto uns 50 acidentes.


15. Cusco tem o formato de um puma
Hoje é mais difícil visualizar este formato na cidade, mas no projeto inicial (acredita-se ser de Pachácutec) o desenho de um puma era bem claro. Os incas acreditavam na existência de três mundos: o subterrâneo, dos mortos (representado pela serpente), o terreno, dos homens (representado por um puma) e o céu, dos deuses (representado por um condor). No mundo terreno, o puma se dividia em partes: a cabeça do felino estaria localizada nas montanhas, onde está Sacsayhuaman, e a praça central Huacaypata (Plaza de Armas) ocupa o peito do animal. Sendo assim, os incas organizaram sua divisão administrativa. A inscrição 'antisuyo' indica a 'trilha antisuyo' que começa desde a cidade de Cusco, até o Valle Sagrado e o palácio de Pachácutec, no povoado de Chinchero.

Detalhe localizado em uma das ruas do centro de Cusco

Que delícia escrever essas coisas para vocês. Assim eu consigo relembrar uma das viagens mais incríveis que já fiz na minha vida. Fiquem de olho aqui no Feufolândia, que venho com mais posts bacanas dessa aventura carregada de história.
Bjs.


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